Pira da Pátria: Marco Inicial da Cidade.
O local onde foi erguida a Pira da Pátria é o marco do inicio da vida administrativa da cidade. Ali Ignácio José de Mendonça e Margarida Exaltação da Cruz construíram em 1760 uma capela dedicada a Santo Antônio. A primeira Igreja do Litoral Norte que atendia religiosamente toda a região. Atrás dessa capela localizava-se o cemitério. No local encontra-se uma placa em homenagem aos fundadores onde se lê: “Ao Ignácio e Margarida – Aqui em 1760 eles construíram a primeira capela iniciando o povoamento de Santo Antônio da Patrulha. Prefeitura Municipal de Santo Antônio da Patrulha – Museu Antropológico Caldas Júnior – Dezembro de 1996”.
A Pira fica localizada na Cidade Alta, em frente a Prefeitura Municipal.
Biblioteca Pública:
Criada em 1958, atualmente possui mais de 11.000 livros, periódicos, jornais e revistas, materiais especiais, Cds, DVDs e VHSs. A biblioteca possui diversos setores/serviços, tais como: Biblioteca Infantil; Telecentro de Informática; Coleções do Acervo; Área de Pesquisa; Setor de Empréstimo; Videoteca Pública; Sala Açoriana; Coleção Especial: Hino do Açores. A biblioteca é localizada na cidade alta, ao lado da Prefeitura Municipal.
Homenagem aos Sete Fuzilados:
Conta a história que, no ano de 1893, durante uma revolução entre dois partidos, sete jovens vieram do interior para lutar, mas foram perseguidos e capturados, tendo que cavar sua própria cova. Depois foram fuzilados e derrubados um por um ainda vivos dentro da sepultura. A homenagem aos sete rapazes encontra-se no Cemitério Municipal.
A cultura patrulhense recebeu influência de vários grupos étnicos, tais como poloneses, italianos, alemães, africanos, indígenas etc, mas predominam os elementos culturais de origens luso-acorianas. É desses, que se originam as seguintes manifestações culturais:
Cavalhadas:
Torneio hípico. Encenação de lutas entre mouros e cristãos. Conforme tradição oral, a Cavalhada vem de Carlos Magno e dos torneios que os “Doze Pares de França” realizavam, nos momentos de descanso entre as lutas empreendidas. O município de Santo Antônio da Patrulha é reconhecido pela riqueza, esmero e fidelidade à indumentária usada pelos guerreiros. Fazem parte das Cavalhadas dois grupos de doze cavaleiros cada mais a Floripa (única mulher na Cavalhada) mais a Sofia (mulher do Espia) e os dois palhaços.
Ternos de Reis:
Portugal, país fervorosamente católico, legou às terras por ele descobertas, além da língua e da religião oficial, traços de sua religiosidade popular perpetuados pelos descendentes dos primeiros povoadores. Entre essas traços encontram-se os Ternos de Reis. Esse fato é originado da fé e transmitido através das gerações pelas vozes dos “Tiradores de Reses”, que se fazem ouvir durante o período que antecede o Natal, até o dia de Reis, 06 de janeiro. Acompanhados por instrumentos musicais, ouve-se o canto característico “Meu Senhor Dono da Casa…” identificando uma região, uma comunidade ou até mesmo uma família. As letras dos Ternos referem-se em versos singelos ao Menino Jesus, a passagens bíblicas, à fuga da Sagrada Família, à visita dos Reis Magos e outros que variam de um Terno para outro, pois geralmente os Mestres são exímios improvisadores e bons conhecedores das Sagradas Escrituras, criando seus versos de acordo com o momento. Porém também podem abordar alguns temas da região para homenagear pessoas presentes. Alguns versos seguem um padrão e são bastante semelhantes aos cantados pelos antigos, no Arquipélago dos Açores. Antigamente, no Açores, era costume cantarem-se as “Janeiras” no último dia do ano. Essa característica perdeu-se com o tempo, fundindo-se com as cantigas de reis que, na véspera do “Ano Novo”, saúdam também essa importante data.
Baile de Masquê:
Espetáculo de Dançarinos Mascarados. No Baile de Masquê, somente homens dançam com máscara e alguns fantasiados de mulher. Estes bailes surgiram na idade média, quando os padres proibiram as pessoas de dançarem em público.
Como não respeitavam, os padres permitiram somente que os homens participassem, porque achavam lascivo as mulheres dançarem em público. D. Maria I, Rainha de Portugal, em seu reinado, também proibiu mulheres de subirem aos palcos. A partir daí começaram a surgir apresentações de rua, onde eram usadas máscaras e alguns homens vestiam-se de mulher. Dentre os “casais” que dançam o Baile de Masquê, um em especial se destaca. É o chamado “Barba de Pau”, pois usa uma roupa confeccionada por uma parasita vegetal de mesmo nome. Este casal movimenta-se de um lado para o outro e sua tarefa é vigiar os pares para evitar que engraçadinhos perturbem os movimentos. Mas quem acaba engraçando-se para todo mundo é a própria companheira do Barde de Pau.
As máscaras são as mais bizarras possíveis. Nas roupas masculinas, destacam-se as bombachas floreadas, calças com listras largas, xadrez exagerado, fraque estilizado, sapato com polaina e chapéu de palha. Nas roupas femininas, destacam-se sapatos de salto alto, brincos, pulseiras, colares, perucas e vestidos longos. Todas as roupas são confeccionadas e adaptadas pelas esposas, irmãs, mães, noivas e namoradas que, na hora da apresentação, se sentem honradas em colaborar com o espetáculo.